Blog Ergo Sum II

Renasço como Fênix! Isso no meu ombro é cinza, e não caspa!!!

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quinta-feira, novembro 04, 2004
 
A partir de agora, estarei escrevendo com a Ana no Blog do Angu
(blogdoangu.blogspot.com)


 
Olha só que coisa: até na homeopatia mantemos nossos vícios.

Sempre que eu e Ana vamos a um bar, ela pede cerveja, eu como um doce. E eu digo sempre: cada um com seu vício, você gosta de beber, eu gosto de comer doce.
Pois eu fui hoje na homeopata da Ana, começar um tratamento. A Ana já faz tratamento há um bom tempo. E toda a noite ela toma seis gotas de remédio e fica com o hálito de álcool na hora de me dar o beijo de boa noite.
Aí, eu fui lá, conversei com a homeopata, contei os segredos de minha vida, meu universo e tudo mais e ela foi me passar o remédio.
E perguntou:
"Pode ser em solução alcóolica ou em glóbulos de açúcar, o que você prefere?"
Lembrei da Ana e de todas as vezes que gozei a cara dela, dizendo que ela fazia homeopatia só pra tomar um trago antes de dormir...
Cada um com seu vício, eu sempre digo. E escolhi as bolinhas de açúcar!


sábado, outubro 23, 2004
 
Pois eu tenho essa cueca samba-canção, preta, de seda, que não deve ser lá muito sexy, ainda mais com minha barriga caindo por cima do elástico. Mas ela é uma delícia pra dormir! Dormir com minha cueca samba-canção preta e uma camiseta daquelas bem velhas! Ah, como é confortável!
O problema é que eu, ex-dark, só tenho camisetas velhas pretas... Diz a Ana que se sente dormindo com um juiz de futebol...



quinta-feira, julho 08, 2004
 
Duas pitadas:
"Os psicotrópicos mais conhecidos do planeta são Capricórnio Lunático e Cancer Doidão"
"Em entrevista, Madame explica como conseguiu, aos 80 anos, manter a aparência de apenas 20 aninhos:
- É que aos vinte anos eu tinha a cara toda enrrugada, cabelo branco, sem dente..."


segunda-feira, julho 05, 2004
 
Pisou nos próprios passos desde sempre, mas entendam: Não que andasse pra trás: apenas suas pegadas estavam marcadas na terra e no cimento (e no telhado do tio) desde seu nascimento: no começo eram uma marca serpenteada no chão que se apagava quando ele engatinhava.
Sua vida fora marcada antes de sua chegada, uma espécie de má sincronia, aos 8 anos, andando pelo playground, aborrecido por não conseguir sair de suas pegadas, chutou forte a grana, não sem antes perceber o rasgo forte na grama, reparado pela passagem de seu pé e, olhando para trás, percebeu que nenhum rastro o seguia, e se deu conta de que nenhuma marca sua havia restado.
Que destino terrível: nenhum passado e o futuro traçado.
Aos doze anos, andando pelo playground, teve um choque: não havia rastro! Nenhuma marca? Uma sensação de liberdade o fez pular, a tempo de ser atingido pelas pernas do menino no balanço... Voou três léguas e caiu direitinho na marca profunda deixada no chão de grama por seu bumbum.


domingo, junho 27, 2004
 
- Bom dia, eu posso ajudá-lo?
- Sim... É que... Eu precisava de algo que me ajudasse a, sei lá, esquentar um pouco minha relação...
- Pois não, temos aqui esse lindo arranjo de isqueiros com palitos de fósforo silvestres acompanhando.
- Não, eu preciso de algo mais... Mais potente, entende? Algo que a emocione, sabe? Sei lá, algo que a leve às lágrimas!
- Pois não, é claro! Aqui nós temos uma dúzia de sprays de pimenta envolto em papel celofane e preso com esse belo laço de forca.
- Ainda não é isso... Af... Eu preciso de algo que faça com que ela volte pra casa!
- Por que o senhor não disse antes?! Para esses casos, sugiro uma dúzia de ticketes metrô!


sábado, junho 12, 2004
 
Bolo de laranja com geléia de abacaxi! Huuuuummm...: seria ótimo, se não fosse diet...


quarta-feira, junho 09, 2004
 
Post comment
Once upon a time, quando eu abri a segunda versão do Blog Ergo Sum, coloquei ao lado (aí, à esquerda) "Algumas coisas persistem - principalmente as baratas. Algumas coisas retornam como filme na sessão da tarde".
Agora, influenciado pelo Harry Potter, que, admito, passei a gostar (mas tenho essa impressão que foi unicamente por amor à Ana), troquei a fase já desgastada.
Não deixa de ser um momento oportuno, espécie de novo retorno da toca, um pouco como a marmota após o inverno, sem saber se vai ver a sombra ou não...
Os textos estão tendendo um pouco pro velho Cardir, ultimamente. Sempre gostei dos textos surrealistas (ou de realismo fantástico, me corrigiria Tati).


terça-feira, junho 08, 2004
 
Meu problema é que eu não me permito ser outra pessoa - por isso, nunca consigo ser eu mesmo...


domingo, junho 06, 2004
 
Peguei uma camisa no armário. Não consegui vesti-la: as antitraças - completamente inimaginativas - traçaram linhas inexatas fechando as passagens para os braços - Sempre imaginei os braços como metrôs que circulavam pelas mangas das camisas: Dindom, próxima parada, punho. As bichinhas fizeram o mesmo com calças e cuecas.
Também os ícaros, esse pequenos homens alados que se queimam ao tocar as lâmpadas - como já preconizavam Adoniram Barbosa e Biafra - encheram de penas e cera meus tênis velhos, de modo que saí para a rua nu, vestindo apenas um cálice de rum, por causa do frio do amanhecer de maio.
Nunca havia usado uma roupa tão velha ou gasta quanto minha própria pele. Um guarda me parou na primeira esquina: o sinal está fechado pra pedestres, afirmou, com a voz imponente. Mas percebi que ele olhava meu pênis, ereto.
- Tá apontando pra onde? - perguntou.
- É como uma bússola de pomba: aponta sempre o caminho de casa.
- Podia ser pior - disse o guarda - podia apontar sempre o inferno.
- Acho que não - respondi, orgulhoso - sou casado.
O sol raiou forte a partir daí, esquentando meu espírito. Mas não pude entrar no trabalho: esqueci o crachá em casa.


sábado, junho 05, 2004
 
Int; Quatro homens coreanos manipulam pequenas bolinhas com asas. O ambiente é escuro e cheio de caixas que vibram e tremem.
A porta se abre, por ela entra um menino de 15 anos com uma varinha na mão, mascando um charuto em um lado da boca e deixando a fumaça sair pelas ventas.
- Por causa dessas bolinhas de quadribol falsificadas, meu time perdeu, o técnico suicidou e bons homens - meu amigos! - ficaram sem emprego!
Ele metralha os quatro homens com a varinha. Há fumaça por toda parte, deixando acinzentado o sangue que escorre da boca de um dos homens pelas bolinhas de quadribol.
Fade Out...
Aparece o letreiro: Dirty Harry Potter - A Varinha e a Magnum. Breve, em uma esquina perto de você.
Fade in: a coruja branca come os olhos dos coreanos. Corte.


 
Raptaram o Bono na Bahia! Sim, homens inescrupolosos queriam fortunas e o raptaram, deixando desesperados milhares de mães e fãs.
Por fim, usando um falso subterfúbio - convencendo os bandidos via rádio que era cardíaco - ele foi solto e pode retornar para casa.
Quando souberam do golpe em que tinham caído, os bandidos gritaram: Bono, seu cachorro!!!

E quem me contou é delegada de poliça!!!


 
Haviam treze homens em um rio. Apenas um deles olhava a água. Apenas este sabia que morreriam afogados.
Doze homens sorriam em suas intencionais torcicolos, olhando o sol se por. Em algum nível corporal, sentiam um frio crescente, ordenado, norteando. Mas gritavam e brincavam e jubilavam e viam o sol.
Um deles enfim notou aquele que fitava a água e riu de seus alertas de morte enquanto a água ralentava os movimentos das pernas submersas, encolhia e desanimava os pênis submersos, enrugavam a pela das mãos submersas. A água do rio subia e a cada centímetro arrancava dos homens a capacidade de enxergar.
Morreram os treze, sem poder respirar. Já era noite.
E então, o que riu e o que viu trocaram palavras. De que adiantou - perguntou o primeiro - viver a vida vigiando impotente a água que subia? De que adiantou não ver o sol?
De nada - respondeu o segundo (mas no fundo soube que era impossível ser diferente).


 
Tive hoje uma grande lição de vida!
Pena que perdi a aula...


quarta-feira, junho 02, 2004
 
Depois de um mês convivendo com Jubileu, fiquei em dúvida se ele realmente é um gato. Então, resolvi olhar os dados empíricos. Vejamos:

- Depois de ser tirado 15 vezes de cima da cama - as primeiras gentilmente e as últimas aos tapas e berros - ele sobe a 16ª vez?
* Sim.

- No meio da noite, sem razão aparente, ele começa a correr pela casa feito um louco, levando o cachorro ao desespero e os donos à insônia?
* Sim.

- Apesar de ter a água da vasilha trocada três vezes por dia, ele só bebe água da pia do banheiro, da pia da cozinha, dentro de vasilhas sujas, da privada ou de qualquer outra que não seja sua vasilha?
* Sim.

- Ele só come se ficarmos afagando a barriga dele ou então se for a ração do cachorro?
* Sim

- Depois de tudo isso, quando a gente pega ele pronto pra esganá-lo, ele pisca o olho três vezes, lentamente e começa a ronronar e, ao invés de esganá-lo, terminamos por abraçá-lo, dar colo pra ele e coçar atrás de sua orelha por mais de 40 minutos?
*Sim.

Não resta a menor dúvida: é um gato!...


sábado, maio 29, 2004
 
Hoje acordei solitário embora todo mundo ainda estivesse lá. Andei pelas ruas como um ser kafkaniano perseguindo nada ou ninguém, de certa forma invisível.
Via todos à minha volta, só não via a mim mesmo: prova irrefutável de que nossos sentidos captam não a realidade, mas nossa própria essência no todo.
Se enxergássemos no nível molecular, seríamos moléculas agrupadas de carbono caminhando sem sentido. Mas como vemos apenas reflexões de luz, a vida simplesmente nos escapa: vemos o que pouco importa, perdemos a noção de nossos contornos, tornamo-nos massa amorfa.
A única esperança então? Virmos a ser massa crítica.


sexta-feira, maio 28, 2004
 
A Personal acaba de lançar uma linha de papéis higiênicos com cheiro de erva doce. Sempre me perguntei pra que servem esses papéis higiênicos com cheiro, mas a utilidade desse é clara!: É pra gente não ficar enfezado!
Óbvio! :)


sexta-feira, maio 14, 2004
 
Muitas vezes fui criticado por me vestir mal. Algumas vezes, por causa das cores - aparentemente algumas pessoas não acham que verde, azul e abobora combinam - outras pelo estilo - aparentemente algumas pessoas passam mal quando vêem camisa social com calça de training...
Mas é necessário que as mulheres - em especial - entendam como um homem se veste, pois há toda uma ciência extremamente sofisticada por trás disso - não, não é a teoria do caos, suas engraçadinhas, podem parar com o sorriso!
Qualquer estatístico pode comprovar que o método mais confiável para se lidar com uma população de roupas, onde é necessário se tirar uma amostra, é o método aleatório. Veja qualquer livro de estatística: a amostragem cujas inferências são mais confiáveis são as amostragens aleatórias!
Por isso, se temos 20 camisas, 20 camisetas, 6 calças, 15 pares de meia e 4 cuecas, o melhor método para escolher é, sem dúvida, o sorteio aleatório.
Há diversos métodos para se fazer esse sorteio, todos reconhecidos e válidos: escolher numa tabela de números aleatórios, gerar um número aleatório no computador... Eu uso o famoso método Unitário-Dunitário.
Este método consiste em sair do banheiro nu, postar-se em frente ao armário com as portas abertas, fechar os olhos com uma das mãos, levantar a outra em frente às roupas e dizer a frase cabalística, enquanto balança o dedo de um lado para o outro e de cima para baixo, pausadamente:
Uni-duni-tê, Salamê-minguê, o sorvete colorê, o escolhido foi vo... Cê.
Essa frase, cabalística, tem 24 sílabas no total. Como todo mundo sabe, 24 é um número associado aos homossexuais e esses, ah, esses sabem se vestir bem!


quinta-feira, maio 06, 2004
 
Juntamos os trapinhos, eu e Ana. Ufa, quanto trapinho! A casa tá abarrotada!!! Não tem onde sentar, nem como olhar a janela! Só tem onde fazer amor, que isso a gente sempre se vira...


segunda-feira, maio 03, 2004
 
Enfim, juntos!
Eu e Ana acabamos de nos mudar! Queríamos há muito, enfim aconteceu!

E São Paulo nos preparou uma recepção típica: ficamos CINCO horas num congestionamento na Fernão Dias!!!
Antes disso, no entanto, passamos por um carro da Polícia Científica. Polícia Científica? Perguntei pra Ana o que era e ela respondeu: Ah, eles resolvem casos de infrações nas leis da física e química...
Logo após, já no engarrafamento, um ônibus anunciava: Viação Paraíba - Ar-condicionado ecológico!
Era um caso óbvio para a polícia científica! Os policiais bateram na porta do ônibus e o motorista abriu. Mostraram o mandado de busca e entraram no ônibus. Mas não encontraram nenhum ar-condicionado. Então, interrogaram o motorista:
- Ar condicionado ecológico? - ele disse, com o sotaque típico - É as janelas abertinhas!


quinta-feira, abril 29, 2004
 
Acabo de descobrir que meu nome está no Serasa por causa de um cheque sem fundo de três anos atrás, problema há muito solucionado mas que, depois da minha briga com os bancos (ocasionado, aliás, por ele mesmo), conseguiu passar desapercebido até ontem...
Ou seja, o tempo é circular e o passado sempre retorna em algum lugar do futuro... O mais engraçado é que retorna e sempre - sem excessão, sempre - nos pega de surpresa. Interessante que é mais fácil o retorno do passado nos surpreender do que as novidades em si...

Ontem fui assistir Kill Bill e a uma certa altura, uma garota chique pára no corredor. A gente se encara e a expressão exata é: incrédulos! Será? Não deve ser... O que estaria fazendo aqui em Sampa? Deve ser alguém parecido... Ela não pára de olhar, será que é só porque eu tou olhando ou será que ela também tá me reconhecendo?
Então digo o nome. Na verdade, expresso a incredulidade: Márcia?
Não é que era ela mesma???

Pois é, o tempo é cíclico e o passado sempre retorna. Mas às vezes a surpresa é simplesmente ótima.


quarta-feira, abril 28, 2004
 
Todas as minhas figuras no blog sumiram... Foram subtraídas porque o kit.net, onde eu as publicava, virou exclusivo dos usuários da Globo.com.
Como não vou ter saco de consertar, fica só a explicação...


 
Trecho de Cem Anos de Solidão, tradução de Eliane Zagury:
"Amaranta Úrsula voltou com os primeiros anjos de dezembro,*

*No original angeles de diciembre. Explicação do autor à tradutora: 'A tradução deve ser literal, porque todo mundo sabe que em dezembro chegam os anjos. Não os viu nunca?' "

E obrigado à Tati, por ter me obrigado a ler o livro...


quarta-feira, abril 21, 2004
 
Dos advérbios vermifugais:
Quando um num qué, dois lumbriga...



domingo, abril 18, 2004
 
Uma vez, um vagalume iluminado divulgou a palavra divina entre todos os insetos. Ele contou aos insetos sobre a vida e a morte. Ele disse que há um paraíso que recebe todos os insetos que foram bons durante a vida, aqueles que não zombaram das formigas porque elas não podem voar e coisas assim. As moscas, besouros e varejeiras acreditaram na palavra do vagalume quando ele contou que, na hora da morte, um túnel de luz se abre e que os bons insetos devem se dirigir a ele.
É por isso que o bojo dos lustres fica cheio de cadáveres de insetos...